Cavaleiro Teutônico Elmer Raynard



Com 1,90m e 92Kg, nascido na cidade de Wolfsburg, norte da atual Alemanhã, filho de um cavaleiro teutônico, iniciou seus treinamentos aos 14 anos findando sua formação aos 20 anos. Lutou inúmeras batalhas contra os hereges demostrando seu valor, bravura e a sua capacidade de liderança. Este fato fez com que se tornasse marechal aos 25 anos liderando cerca de 30 homens que - em conjunto com outros 90 - compunham a elite da ordem na região em torno da cidade costeira de Hamburgo, de onde partiam e chegavam navios com inúmeras mercadorias vindas de Veneza.

Contudo, ao investigar um possivel caso de posseção demoniaca em uma pequena vila ao norte de Leipzig, vem a perder todos os seus homens, abalando, assim, sua reputação perante seus superiores.

A longa campanha da Ordem contra os povos eslavos - que teimam em não se converterem ao cristianismo - faz com que os gastos superem os ganhos causando uma crise econômica à Ordem.

Em vista disso, o pedido de ajuda do burgomestre de Rothemburgo aos Teutônicos é muito providencial, pois ele paga com uma vultuosa quantia em dinheiro, mercadorias e incentivos fiscais pela proteção do seu filho em sua peregrinação à Terra Santa.

O grão mestre Teutônico envia Raynard para cumprir a missão de escoltar o filho do burgomestre em sua peregrinação, partindo de Rothemburgo indo em direção ao porto de Veneza e para só depois se unir à nona cruzada do prínicipe Eduardo da Inglaterra.

Ordem da Casa Teutônica de Santa Maria de Jerusalém

Os cavaleiros Teutônicos formavam uma ordem religiosa alemã, formada ainda nos anos de 1190 para atender aos interesses germânicos na Terra santa. Sua origem estava em um hospital dedicado à Virgem Maria, o que até certo ponto os identificava com os hospitalários. A ordem só foi reconhecida em 1199, quando recebeu uma regra e o direito de utilizar o manto branco dos templários, mas com uma cruz negra ao invés da vermelha. A partir desse ponto, a identificação com os hospitalários já havia se perdido. Os Teutônicos formariam uma ordem exclusivamente militar, perdendo as características de atender aos doentes e necessitados.

A sede dos Teutônicos mudou-se da Terra Santa para Veneza depois da queda de Acre, o último reino franco no Oriente. Anos depois, a nova base já seria nas terras germânicas, mais precisamente em Marienburg. Antes disso, a ordem já havia mudado seus principais objetivos. Não seriam mais um grupo de cavaleiros dedicado a proteger a Terra Santa, mas sim guerreiros implacáveis encarregados pelo Papa Gregório IX de converter os infiéis da Prússia. Em 1229, o papa emitira uma bula que entregava aos Teutônicos as terras da Prússia desde que lutassem contra os pagãos naquele território.

A batalha da ordem foi cruel. Milhares de pessoas morreram massacradas pelos constantes ataques. Eram forçadas a se converterem e se tornarem servas no estado teocrático formado pelos cavaleiros. A luta implacável dos Teutônicos contra os pagãos rendeu-lhes a fama de guerreiros cruéis que perdurou durante séculos. Mesmo com a integridade questionada, ninguém nunca duvidou de sua capacidade como guerreiros.


Interpretação

O Teutônico vive em conflito com as palavras de paz de Christos e suas atitudes cobertas de fúria. Ele se justifica com suas orações e pede perdão, afirmando que suas atitudes são feitas para proteger os fiéis de Christos. Antes ele lutando do que todos precisando cometer os mesmos erros.

Esses cavaleiros caminham com seus símbolos religiosos e possuem feições sérias, poucas vezes se abrindo para o mundo. Relaxam pouco, a não ser quando estão entre amigos mais íntimos. Para eles, sua missão é ser a última linha a ser derrotada. Não podem permitir que os inimigos lhes peguem de surpresa.

Relações

Os Teutônicos vivem na tentação de sucumbir os impulsos violentos. Os anjos ouvem suas orações e os ajudam a conviver com os horrores de suas batalhas, mas os demônios procuram incentivar essa violência ao máximo, perturbando o caminho dos cavaleiros e os colocando fora do caminho de Christos.

Quase toda ordem inimiga dos Teutônicos teme quando um grupo deles entra em ação. Uma célula teutônica age como uma arma de destruição que arrasa covens inteiros de bruxas, com amigos, aliados, parentes e quaisquer pessoas que estejam no caminho. Atiçar a ira desses cavaleiros é pedir a retribuição máxima da ira divina.

Kit
Custos: 4 pts. Aprimoramento, 300 pts. De Perícias
Perícias: Armas Brancas (Espada Longa 20/30, Lança 20/25, Machado 20/20, Adaga 20/20), Esquiva 25%, Heráldica 20%, Intimidação 30%, Montaria 40%, Rastreio 40%, Sobrevivência (floresta temperada 35%). Em Trevas, troque Montaria por duas Armas de Fogo em 20%.
Aprimoramentos: Sentidos Aguçados (escolha um), Contatos 1, Recursos 1
Pontos de Fé: 0 + 1 por nível.
Pontos Heróicos: 4 por nível.

Aprimoramentos por Nível:

Bônus em Cavalgar: O Teutônico recebe o Bônus indicado na Perícia Cavalgar. Caso seja adaptado para Trevas, recebe metade do bônus indicado em uma Perícia do grupo de Armas de Fogo.

Carga!: O cavaleiro pode fazer um ataque em carga com um bônus de +10% no ataque e dano total da arma que empunha. Pode realizar essa carga um número de vezes por ida igual ao indicado na tabela.

Combate Montado: O Teutônico recebe o bônus indicado nos testes de ataque enquanto estiver montado. Em Trevas, o templário pode gastar o bônus indicado em uma Perícia do grupo Armas de Fogo.

Fúria Inspiradora: A fúria do Teutônico é tão grande que além de intimidar seus inimigos, serve como exemplo na liderança. Ele recebe o bônus indicado em Intimidação e Liderança.

Inimigo da Fé: Escolha um inimigo da fé protestante como os sarracenos, pagãos, bruxas ou satanistas. O Teutônico receberá o bônus de porcentagem indicado na tabela nos testes de ataque e nas perícias Intimidar, Lábia e Rastreio ao lidar com esse inimigo. O segundo indicador é o bônus de dano ao atacar tais inimigos.

Intimidação: A fúria guerreira dos Teutônicos pode causar uma impressão tão grande nos inimigos que os impede de atacar. Caso seja bem sucedido em um teste de Intimidação, o Teutônico paralisará o adversário durante uma rodada e o deixará desmoralizado durante o restante do combate, diminuindo em 5% seus testes. Pode usar essa habilidade um número de vezes por ida igual ao indicado na tabela.

Resistência Furiosa: O Teutônico recebe o bônus indicado na tabela em seu Índice de Proteção quando estiver em combate contra inimigos da fé.

Sobrevivência nos Ermos: Os Teutônicos são treinados para sobreviverem nos ambientes inóspitos do norte da Europa, lutando nas florestas e vilas pagãs. Recebe o bônus indicado nas Perícias Sobrevivência e Rastreio.

Nível      Aprimoramentos por Nível
1             Sobrevivência nos Ermos +5%, Bônus em Cavalgar +10%, Combate Montado +5%
2             Inimigo da Fé (+5%;+1), Intimidação x1
3             Carga! x1, Resistência Furiosa +1
4             Intimidação x2, Combate Montado +10%
5             Bônus em Cavalgar +20%, Fúria Inspiradora +5%
6             Resistência Furiosa +2, Intimidação x3
7             Carga! x2, Inimigo da Fé (+10%;+2)
8             Combate Montado +15%, Intimidação x4
9             Fúria Inspiradora +10%, Resistência Furiosa +3
10           Inimigo da Fé (+15%;+3), Carga! x3

Fonte: http://shaftiel.wordpress.com/2012/08/13/ordem-da-casa-teutonica-de-santa-maria-de-jerusalem/

Cenário

Começo hoje a escrever sobre a campanha de RPG que pretendo mestrar em breve para uns amigos meus. Farei desse espaço uma espécie de base de dados para posterior pesquisa dos jogadores e de possíveis leitores que queiram mestrá-las também.

SISTEMA
Utilizarei o sistema Daemon, por ser um sistema que mais mestrei. Aviso desde já que não sou 100% fiel às regras. Faço uso da regra de ouro do RPG: Não seja  fiel às regras! 

CENÁRIO
Ano: 1272 - 1290 (Período após a oitava e a nona cruzada)

A Importância das Cruzadas

 
Quando se denunciou na Europa que os muçulmanos maltratavam os peregrinos cristãos que chegavam à Terra Santa, iniciou-se o movimento cruzadista, que recebeu esse nome devido à cruz que usava em seus estandartes e vestuário os que dele participavam.


Convocadas primeiramente pelo papa Urbano II, em 1095, na França, as Cruzadas foram, então, expedições de cristãos europeus contra os muçulmanos ocorridas durante os séculos XI a XIII. A missão dos cavaleiros cristãos era libertar a região da Palestina, que na época fazia parte do Império Islâmico.

Além dessa motivação religiosa, entretanto, outros interesses políticos e econômicos impulsionaram o movimento cruzadista:


A Igreja procurava unir os cristãos do Ocidente e do Oriente, que haviam se separado em 1054, no chamado Cisma do Oriente, surgido a partir daí a Igreja Ortodoxa Grega, liderada pelo patriarca de Constantinopla;


Havia uma camada da nobreza que não herdava feudos pois a herança cabia apenas ao filho mais velho. Assim, os nobres sem terra da Europa Ocidental queriam apoderar-se das terras do Oriente;

Os comerciantes italianos, principalmente das cidades de Gênova e Veneza, desejavam dominar o comércio do Mar Mediterrâneo e obter alguns produtos de luxo para comercializarem na Europa;


Outros grupos populacionais marginalizados tinham interesse em conquistar riquezas nas cidades orientais.

Oito Cruzadas foram organizadas entre 1095 e 1270, que apesar de obterem algumas vitórias sobre os muçulmanos, não conseguiram reconquistar a Terra Santa.


Essas expedições envolveram desde pessoas simples e pobres do povo até a alta nobreza, reis e imperadores, tendo havido mesmo uma Cruzada formada apenas por crianças. Dezenas de milhares de pessoas uniam-se sob o comando de um nobre e percorriam enormes distâncias, tendo de obter alimentação e abrigo durante o percurso. A maioria antes de chegar ao destino era massacrada em combates.


Em 1099, Jerusalém foi conquistada, mas um século depois foi tomada novamente pelos turcos muçulmanos, não tendo sido jamais recuperada. No entanto, os europeus conseguiram reconquistar alguns pontos do litoral do Mar Mediterrâneo, restabelecendo o comércio marítimo entre a Europa e o Oriente.

O contato dos europeus com os povos orientais - bizantinos e muçulmanos - fez com que eles começassem a apreciar e a consumir produtos como perfumes, tecidos finos, jóias, além das especiarias, como eram chamadas a primeira, a noz-moscada, o cravo, o gengibre e o açucar.


No século XII, como conseqüência imediata das Cruzadas, inicia-se a expansão comercial na Europa e, com ela, o crescimento das cidades e a decadência do trabalho servil, típico do feudalismo. 



As Rotas Comerciais e a Feiras


A expansão comercial, a partir da reabertura do Mar Mediterrâneo, beneficiou principalmente as cidades italianas de Gênova e Veneza. Os comerciantes dessas cidades passaram a monopolizar o comércio de especiarias, comprando-as em portos orientais de Constantinopla, Alexandria e Trípoli, para, através do Mediterrâneo, revendê-las no mercado europeu.


Mas no norte da Europa, junto as Mar do Norte e ao Mar Báltico, também se formaram regiões de intenso comércio, servidas em parte delas cidades italianas, que as atingiam tanto pro mar como por terra. Era a região de Flandres, produtora de tecidos, onde se destacava a cidade de Bruges, e a região do Mar Báltico, que tinha como importantes centro Hamburgo, Dantzig e Lübeck, que ofereciam mel, peles, madeira e peixes vindos de regiões próximas.


Para contatar esses pontos, estabeleceram-se diferentes rotas comerciais. A rota marítima ligava as cidades italianas a importantes centros comerciais do norte da Europa. Já a rota terrestre também ligava as cidades italianas à movimentada região de Fladres, mas atravessava toda a França.


Nos cruzamentos dessas grandes rotas comerciais com outras menores, que uniam todos os pontos da Europa, surgiram as feiras, grandes mercados abertos e periódicos, para onde se dirigiam comerciantes de várias partes do continente. Protegidos pelos senhores feudais, que lhes cobravam taxas de passagem e permanência, os comerciantes fixavam-se por dias e semanas em algumas regiões, oferecendo mercadorias, como tecidos, vinhos, especiarias e artigos de luxo orientais. As feiras mais famosas foram as da região de Champagne, na França. 


O desenvolvimento comercial surgido no século XII, fez com que o dinheiro voltasse a ser necessário.



Porém, com em cada região cunhavam-se moedas de diferentes valores, apareceram os cambistas, pessos que conheciam os valores das moedas e se incubiam de trocá-las. Posteriormente, tornando-se as relações mais complexas, surgiram os baqueiros, que guardavam o dinheiro dos comerciantes e forneciam-lhes empréstimos mediante a cobrança de juros. São dessa época os sistemas de cheques e as letras de câmbio, que facilitavam as transações comerciais feitas a distância, utilizados até hoje.  


O Ressurgimento das Cidades
 
Com a expansão comercial desenvolveram-se os burgos, que haviam aparecido em volta de castelos, mosteiros e igrejas, além de outros, surgidos nas rotas comerciais, no litoral e à margem de rios. Sua população, como já vimos, era composta basicamente de artesãos e comerciantes, que ganhavam cada vez mais importância, em função de sua riqueza e de seu número.


Os artesãos dedicavam-se à fabricação de tecidos, instrumentos de ferro, de couro, e de muitos outros materiais. Suas oficinas, que funcionavam com as portas abertas, serviam igualmente para vender as mercadorias diretamente, sem intermediários.


Com o rápido cresimento do comércio e do artesanato nos birgos, a concorrência entre mercadores e artesãos aumentou bastante. Para regulamentar e proteger as diversas atividades, surgiram as corporações. No início eram formados apenas por mercadores autorizados e exercer seu trabalho em cada cidade. Posteriormente, com a especialização dos diversos artesãos, apareceram as corporações de ofício, que tiveram grande importância durante a Baixa Idade Média: corporações de padeiros, de tecelões, de pedreiros, de marceneiros etc.


Cada umas dessas corporações reunia os membros de uma atividade, regulando-lhes a quantidade e a qualidade dos produtos, o regime de trablho e o preço final. Procuravam assim eliminar a concorrência desleal, assegurar trabalho para todas as oficinas de uma mesma cidade e impedir que produtos similares de outras regiões entrassem nos mercados locais.


Dessa maneira, as corporações de ofício determinavam também as relações de trabalho. Em cada ofícina havia apenas três categorias de artesãos.


Mestres, que comandavam a produção, sendo donos de oficina, dos instrumentos de trabalho e da matéria-prima;


Oficiais ou companheiros, que eram trabalhadores especializados a serviço dos mestres, recebendo em troca um salário. Tornavam-se mestres após realizar uma obra que provasse sua capacidade e habilidade no ofício;


Aprendizes, jovens que aprendiam o ofício trabalhando, durante anos, e recebendo do mestre apenas casa e comida até poderem tornar-se companheiros.


Os comerciantes também procuravam organizar-se em corporações para manter o mercado comerciantes de diferentes cidades se associavam, formando uma liga. A mais famosa foi a Liga Hanseática, que reunia 80 ciades alemãs e que controlava comercialmente o norte da Europa.


Com o amplo desenvolvimento mercantil e artesanal e o conseqüente aumento de importância da classe dos burgueses, a antiga organização feudal, composta por nobres improdutivos e servos presos à terra, já não era mais adequada.


Os senhores feudais passaram a ganhar com o comércio, pois cobravam dos comerciantes taxas de passagem e de estabelecimento em seus feudos. A mão-de-obra servil declinava, pois, além de um grande número de trabalhadores agrícolas ter sido desviado para as Cruzadas (século XI e XII), muitos servos fugiram para dedicar-se às atividades urbanas. Interessados no aumento da produção e em maiores lucros, os senhores feudais liberaram os servos do trabalho obrigatório. Alguns senhores passam a permitir que os servos vendam seus produtos nas feiras e nas cidades, desde que lhes paguem uma quantia em dinheiro. Outros ainda começaram a se utilizar de lavradores assalariados, pagos por jornada, chamamos jornaleiros.

Pouco a pouco, o poder dos senhores feudais diminuiu, assim como a submissão das cidades às suas leis e impostos. Alguns dos mais importantes comerciantes e mestres-artesãos passaram a organizar-se num conselho, conhecido como comuna. Eram eles que administravam as cidades, cobrando taxas e impostos de seus moradores. Foram essas comunas burguesas que, a partir do século XII, passaram a organizar a luta pela autonomia das cidades. Ela foi sendo conquistada aos poucos, ou de forma violenta, quando se armava e derrotava o senhor feudal da região, ou de forma pacifica, ao comprar a independência da cidade, recebendo a carta de franquia do senhor feudal, que dava ampla autonomia aos núcleos urbanos.

A vitória desses movimentos comunais refletia a importância cada vez maior da burguesia, fato que iria afetar diretamente os acontecimentos dos séculos seguintes.  



As Sujas e Apertadas Cidades Medievais



Na baixa Idade Média, houve a rápida multiplicação do número de cidades, nas quais se exerciam atividades comerciais, manufatureiras e também artísticas. As cidades eram guarnecidas por mulharas que serviam para protegê-la das invasões de nobres e bandidos. Seus habitantes haviam conseguido desvinvular-se parcialmente do controle dos senhores feudais, adquirindo certos direitos e liberdades que atraíam grande número de camponeses. Essa imigração aumentou em demasia a população das cidades, tornando necessária a destruição posteiror reconstrução da muralhas, a fim de ampliar o espaço urbano. Esse procedimento, no entanto, só era acessível aos grandes centro; nas demais cidades, contruíram-se casas e jardins até mesmo no alto das largas muralhas.


Assim, dentro dos limites cercados das cidades, os terrenos eram caríssimos e procurava-se aproveitar cada centímetro. As contruções, em geral de madeira, eram colocadas umas às outras, e os andares superiores eram projetados sobre as ruas, que já eram estreitas, tornando-as ainda mais sombrias. O perigo de incêndio era constante.


Esse incontrolável crescimento demográfico dificultava a observância de padrões de higiene e de conforto. As condições sanitárias eram péssimas: o lixo eram despejado nas ruas e sua coleta ficava a cargo das eventuais chuvas; até que isso ocorresse, formavam-se montes de detrito, resolvidos por cães e porcos. A água dos rios e poços que abasteciam a cidade era freqüentemente contaminada, ocasionando consatantes surtos de tifo.


Em todo o século XIV e até meados do século XV, a Europa enfrentou uma série de circunstâncias que afetaram profundamente a vida de sua população. Mudanças climáticas trouxeram vários anos seguidos de muita chuva e frio, o que causou o extermínio de animais e plantações, levando a um longo período de fome; a peste negra, originária do Mar Negro e transmitida por ratos, dizimou milhões de europeus já enfraquecidos pela fome.


Além disso, a violência gerada pela Guerra do Cem Anos fez eclodirem revoltas populares que ceifaram outras tantas vidas.


As precárias condições urbanas agravaram ainda mais os problemas gerados por essas crises, pois só a peste negra, propiciada pelas más condições de higiene, fez a Europa perder mais da metade da sua população.
 
Fonte: http://www.historiadomundo.com.br/idade-media/baixa-idade-media.htm